O Brasil tem aberto frentes de negociação com diversos países ao redor do mundo para gerar novas oportunidades de negócio, afirma o secretário de Assuntos Internacionais, Jorge Arbache, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
“Estamos iniciando negociação de comércio com Canadá, Cingapura e Uefta [Associação Europeia de Livre Comércio, na sigla em inglês]”, afirma. Segundo o secretário, os investidores interessados no Brasil são dos mais variados lugares, mas destaca memorandos de entendimento assinados com Estados Unidos, Japão, Itália e França.
Esses memorandos têm como foco a promoção dos investimentos na área de infraestrutura. No entanto, alguns países já sinalizam interesses específicos. “Os japoneses estão interessados em saneamento e água”, diz Arbache. Em 2016, o acordo assinado com o Japão tinha como objetivo a cooperação em transporte e logística, tecnologia da informação e de comunicações e energia.
Focado em infraestrutura, o acordo com os Estados Unidos envolve a troca de informações sobre melhores práticas de planejamento, execução e supervisão de projetos, bem como a identificação de eventuais parcerias. A primeira reunião do Grupo de Trabalho criado a partir do acordo, em dezembro de 2016, contou com representantes das maiores empresas americanas. Segundo o secretário, os americanos já se mostraram interessados na manutenção e uso inteligente de sinalização em ferrovias. “Essas conversas dão resultados, você se aproxima, dialoga e cria confiança.”
Já com os franceses, está previsto o desenvolvimento de projetos nas áreas de energia, desenvolvimento urbano, comunicação via satélite e financiamento de estudos para projetos de relevância para os dois países.
Os acordos aprofundam o diálogo entre os setores privados desses países com os brasileiros que buscam novos parceiros, criando condições para a geração de negócios.
O secretário atribui o grande interesse dos italianos por energia e ferrovias às conversas geradas depois do memorando assinado em 2015. Nesse acordo, os países se comprometem a priorizar também projetos em rodovias, aeroportos, portos e rodovias, além de questões relacionadas a financiamentos. “Os italianos, em parte por causa disso, por exemplo, mergulharam no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)”, explica.