Após superar um período de turbulência, a Petrobras recuperou a credibilidade e voltou a dar lucro, impulsionando o setor de óleo e gás do País e abrindo novas perspectivas de investimentos. No primeiro trimestre deste ano, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 6,9 bilhões, o melhor resultado para o período desde 2013.

Com o bom desempenho da estatal, que voltou a ser a maior empresa em valor de mercado do País, toda a cadeia produtiva de óleo e gás é beneficiada positivamente. “A recuperação da empresa contribui para recuperar a cadeia de óleo e gás, que é uma cadeia de um grande número de operadores e que contrata muitos bilhões de reais por ano. Isso contribui para a economia do País como um todo”, afirma o presidente da Petrobras, Pedro Parente.

No Fórum de Investimentos Brasil 2018, evento previsto para 29 e 30 de maio, em São Paulo, Parente participará do painel “Dinamizando os mercados de energia: como manter o ritmo?”. Além de investimentos em novas energias e oportunidades em redes inteligentes, também será debatido o setor de óleo e gás no País.

Investimento

Para o presidente da Petrobras, as reformas econômicas aprovadas nos últimos dois anos melhoraram o ambiente de negócios e tornaram o País mais competitivo, o que refletiu no setor de petróleo. Nos próximos anos, a expectativa é que ocorram investimentos expressivos nos leilões de óleo e gás.

“Em relação ao setor de óleo e gás, este é um excelente momento para investir”, disse Parente, destacando a vantagem competitiva que o Brasil tem no setor. Na visão dele, as novas regras permitem a entrada de novas empresas no País, além de facilitar o aumento de investimento das companhias que já atuam por aqui. Para os próximos dois anos, já será possível notar um aumento progressivo no investimento das companhias.

Medidas

Além das reformas, o Governo do Brasil também adotou medidas específicas para o setor, como o Repetro (regime tributário especial de exportação e de importação de bens para atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e gás natural) e a mudança no regime de partilha do pré-sal. Isso, segundo Parente, tornou o setor de óleo e gás.

“Quando você tem o Repetro, você deixa de ter uma série de impostos que se reproduzem diretamente neste esforço de redução de custos da empresa. Por outro lado, estas políticas do governo contribuíram para este ambiente totalmente favorável de óleo e gás. Se tem um setor no qual a resposta foi muito imediata à ação do governo, este setor é óleo e gás”, afirmou.

De acordo com Parente, a recuperação da empresa deve aumentar em 72% os pagamentos da Petrobras para os governos federal, estaduais e municipais, em relação a 2017. No ano passado, a Petrobras repassou R$ 30 bilhões para esses governos.