O conjunto de medidas macroeconômicas, aliado à condução de uma política externa de expansão de vínculos econômicos e comerciais entre países e blocos, tem contribuindo para uma maior abertura comercial do País. "O Brasil está se abrindo para o mundo e o mundo está se reconectando ao Brasil", afirmou o presidente da República, Michel Temer, ao fazer o balanço de dois anos de seu governo.
Entre os efeitos no comércio internacional, está a possibilidade de, após quase 20 anos de negociação, o acordo comercial entre o Mercosul e União Europeia sair do papel. Além disso, o País abriu novas frentes de negociação com Canadá, Cingapura, Associação Europeia de Livre Comércio. Para Temer, o Brasil tem vocação para a abertura comercial.
Por isso, os 24 meses de sua gestão ficaram marcados pelo esforço em incrementar e melhorar a relação com outros países. “Marquei logo [uma visita] para a Ásia, polo dinâmico da economia mundial. Estive na China duas vezes. Fui ao Japão, à Índia, estive na Argentina, na Rússia, em tantos lugares. Recebi líderes de Portugal, da Suécia, do Chile, de quase todos os nossos vizinhos sul-americanos”, contou.
Nesta linha, durante o mês de maio, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, cumpre intensa agenda por países asiáticos como China, Coreia do Sul, Indonésia, Japão, Cingapura, Tailândia e Vietnã, que integram um novo eixo da economia mundial em busca de reforçar os laços com a região e ampliar as relações comerciais.
Recuperação
Queda da inflação, redução da taxa básica de juros, um ambiente cada vez mais propício aos negócios e avanços nos marcos regulatórios contribuem para maior atratividade aos investimentos. Levantamento recente da consultoria inglesa Ernst & Young coloca o Brasil como o segundo melhor destino para investimentos no mundo, subindo da oitava posição no ranking, quando comparado com o ano anterior.
“É muito bom ver nosso País se recuperar e seguir em frente", afirmou. Fim da recessão, taxa de juros em 6,25% - contra 14,25% de dois anos atrás -, balança comercial atingindo recordes positivos sucessivos, número histórico na Bolsa de Valores, risco-Brasil despencando, retomada de investimentos são alguns dos efeitos das medidas econômicas colocadas em prática pelo Governo do Brasil.
Ele ressaltou que o País deixou a recessão econômica para trás e segue rumo ao desenvolvimento sustentado. "Depois de vencer a pior recessão econômica da história, o País retomou o crescimento, colocou a pauta da inclusão social novamente na agenda e passou a criar oportunidades para todos." Neste período, as reservas internacionais chegaram ao valor recorde de US$ 380 bilhões, ajudando a recuperar a credibilidade do Brasil no exterior.
Avanços
Em relação ao ajuste das contas públicas, o presidente defendeu a necessidade da reforma da Previdência e observou que “se enganava aquele que achava que ela (a reforma) não seria realizada”. O presidente completou que a reforma pode ter saído "da pauta legislativa, mas não saiu da pauta política do País”.
Temer também disse apostar na desestatização da Eletrobras. “Agora vamos modernizar a Eletrobras para ganhar, naturalmente, mais competitividade e agilidade em suas operações. Isso, naturalmente, trará mais eficiência na geração, na transmissão e na democratização da energia elétrica em nosso país”.
O Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) e o Programa Avançar foram destacados pelo presidente como ações importantes para fazerem frente aos problemas de infraestrutura do País. “Agora será possível concluir mais de 7 mil obras de pequeno, médio e grande portes, que serão entregues até 31 de dezembro deste ano”, prometeu