Força do agronegócio brasileiro é trunfo para atrair investidores


O agronegócio, um dos pilares da economia brasileira, é também um dos principais caminhos de consolidação da liderança internacional brasileira. Poucos países no mundo têm possibilidade de ampliar sua área agrícola – sem precisar derrubar uma só árvore – e produzir alimentos, que é um ativo valioso já que a população mundial não para de crescer. Mas é preciso investir mais em tecnologia para que a vantagem comparativa do País se consolide também na prática.

"As transformações digitais do agronegócio estão ligadas a forças econômicas. Quando há ganho econômico, a adoção de inovações cresce – e para isso ocorrer, as informações sobre a agricultura têm que ser cada vez mais precisas", afirmou Fernando Martins, diretor da AgroTools, empresa que trabalha com geotecnologia para o agronegócio. Ele foi um dos participantes do painel "O papel da indústria na competitividade da agroindústria: oportunidades de investimento no contexto da indústria 4.0", realizado no segundo e último dia do Fórum de Investimentos Brasil 2018, em São Paulo.

Um exemplo: hoje, apenas 11% da produção agrícola do País está coberta por algum tipo de seguro. "O seguro é caro porque os dados não circulam. Quanto mais se souber sobre o campo, mais barato o seguro vai ficar", afirmou. 

Júlio Raimundo, superintendente da área de indústria e serviços do BNDES, conta que, após um amplo estudo interno, o agronegócio foi escolhido como um dos quatro pilares de atuação do banco nos próximos anos. "Poucas áreas têm a capacidade, a força e a escala para liderar a digitalização da economia e o crescimento da internet das coisas quanto o agronegócio brasileiro", afirmou. 

O superintendente refutou o comentário de que a economia brasileira é fechada. "Temos empresas estrangeiras atuando aqui há mais de 100 anos que desmontam essa crítica", disse. Três reforços ao argumento de Júlio Raimundo estavam no palco: Cristiana Palmaka, presidente da SAP no Brasil, Dirceu Ferreira Júnior, diretor do centro de Expertise em Agricultura Tropical da Bayer – ambas empresas alemãs – e Ana Helena Andrade, diretora de assuntos governamentais da fabricante de equipamentos agrícolas norte-americana AGCO.

Fonte: Governo do Brasil

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