Economia de baixo carbono significa oportunidade para expansão de negócios

Investir em uma economia de baixo carbono não somente contribui para a preservação do ecossistema, mas também é atrativo para os negócios. O desafio do Governo do Brasil é tomar medidas que internacionalizem o mercado nacional sem que flexibilize os compromissos com o meio ambiente. Discutir estratégias que envolvem a economia de baixo carbono foi a tônica do painel nesta terça-feira (29), no Fórum de Investimentos Brasil 2018.

O Brasil é o quinto país do mundo a apresentar o melhor desempenho no crescimento sustentável e consegue cumprir com as suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (iNDC) ao Acordo de Paris – metas voluntárias estipuladas pelos países com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Por conta disso, aqueles que não conseguem se conformar às políticas de sustentabilidade ambiental estipuladas pelas Nações Unidas encontram no Brasil um potencial parceiro estratégico para investir capital.

 

 

Para a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebeds), Marina Grossi, o País tem fartos recursos naturais e as mais variadas opções de matriz energética "basta que a sociedade passe a planejar a economia em cima disso": “Temos como meta na Cebeds o aumento de 50% da produção da agricultura, ao mesmo tempo que 50% de redução da emissão de poluentes”, afirmou Grossi.


Títulos verdes


Tecnologias que geram menos emissão de poluentes foram avaliadas como mais competitivas no setor e com maior potencial de atratividade. Medidas internacionais, a exemplo da Precificação do Carbono, são estratégias-chaves para acelerar o processo mundial de baixa emissão de GEE. Outra opção também é o investimento em green bonds, títulos da dívida similares aos convencionais de longo prazo que só podem ser usados para financiar projetos sustentáveis de responsabilidade socioambiental. O Brasil é um grande player no cenário de títulos verdes, movimentando até o momento 14 bilhões de reais. Roberto Jaguaribe, da Agência Apex-Brasil, comentou a parceria da agência com projetos ligados aos green bonds, assim como a aproximação real com a China neste segmento."Apesar de ser um dos países mais poluentes do mundo, o país leva a sério os acordos internacionais ligados ao meio ambiente", disse. 


Compromissos internacionais


Entre as medidas do Ministério do Meio Ambiente levantadas pelo ministro Edson Duarte para cumprir o Acordo de Paris e a adesão à Agenda 2030 das Nações Unidas, um dos destaques foi o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), que integra as informações ambientais das posses propriedades e posses rurais referentes às Áreas de Preservação Permanente (APP). Além disso, o Sistema de Formação Continuada (Sinafor) assegura controle e fiscalização contra a exploração de madeira ilegal.   


Fonte: Governo do Brasil

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