Alta do dólar não afetará fluxo de investimentos no Brasil, afirma ministro do Planejamento

O ministro de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, afirmou que, apesar da conjuntura internacional desfavorável em relação ao dólar, o fluxo de recursos destinados a investimentos não diminuiu, ainda são significativos e com expectativas boas de serem direcionados a economias da região e, principalmente para o Brasil. Diante de altos executivos de empresas nacionais e multinacionais, durante o Fórum de Investimentos Brasil 2018, em São Paulo, o ministro explicou que as oportunidades no País são amplas em vários setores, principalmente em mineração e energia.

Em sua avaliação, disse não ver nenhum risco de ele superar os R$ 4. Lembrou ainda que o governo tem deflagrado medidas que permitirão que a economia continue ainda em ritmo crescente. “Até agora ele vinha subindo a ladeira. Teve um pequeno solavanco, mas certamente continuará a subir”, afirmou o ministro. “Acredito que não cresceremos 3% como estava previsto anteriormente, mas com certeza cresceremos mais do que no ano passado”, acrescentou.

No painel que tratou das Perspectivas da Economia Brasileira, Octavio de Lazari Junior, presidente do Bradesco, ressaltou fatores positivos que têm deixado o setor privado animado, como o crédito para pessoas físicas, considerado uma espécie de motor para qualquer economia, que voltou a se mostrar expansão. “O crédito está crescendo exatamente onde deve crescer”, disse. Essa reativação ficou clara com as concessões às famílias e às empresas, de acordo com dados do Banco Central. Em abril, por exemplo, a alta das concessões às pessoas físicas foi de 19,1% ante o mesmo mês de 2017 e de 26,5% às pessoas jurídicas, já descontada a inflação medida pelo IPCA. Com isso, o total das concessões subiu 22,3%.

O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, também se mostrou otimista com as perspectivas de crescimento da economia e afirmou que a companhia tem claro o interesse de continuar a investir no País. “Eles [os investimentos] virão. E virão mais quanto mais a conjuntura econômica estiver melhor”, afirmou.  E, de acordo com ele, a conjuntura tem respondido de forma positiva.

Recuperação

A taxa de desemprego, por exemplo, recuou no primeiro trimestre. Fabio Kanczuk, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, comemorou a ligeira queda no desemprego anunciado nesta terça-feira pelo IBGE, que ficou em 12,9% no trimestre encerrado em abril. A taxa se mostrou abaixo dos 13,6% registrados em fevereiro e abril de 2017.  

Já o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, acenou sobre a importância das reformas estruturais promovidas pelo Governo do Brasil com impacto direto na recuperação econômica. “A aprovação das reformas estruturais promovidas por este governo, além do controle da inflação e da decisão de baixar os juros, serão importantes nessa recuperação”, disse. Sobre investimentos, Moreno declarou que o BID continuará a apoiar o Brasil em projetos de infraestrutura e de Parcerias Público-Privadas (PPs). Vale ressaltar que só na área de iluminação pública, com perspectivas de atrair investimentos de mais de R$ 25 bilhões, já existem 186 projetos em andamento.

Para isso, o governo criou um fundo de estruturação de projetos para dar apoio a municípios. Colnago informou que até julho já devem aparecer os primeiros resultados práticos desse fundo, para o qual foram destinados cerca de R$ 180 milhões.

 Fonte: Governo do Brasil

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