"Não há momento mais oportuno para se investir no Brasil que agora", destaca o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Dyogo de Oliveira. Segundo Oliveira, a agenda de reformas macroeconômicas e ajustes já executados, além de diversas outras iniciativas em andamento nos últimos 24 meses, garantem o clima de confiança para amplificar a atração de capital estrangeiro para o País. Os ingressos líquidos de investimento direto no país (IDP) totalizaram US$ 6,5 bilhões em março, acumulando US$ 64,3 bilhões (3,13% do PIB) nos últimos 12 meses, de acordo com boletim mais recente do Banco Central.
O Brasil terminou o ano de 2017 com um crescimento de 1%. Para este ano, a projeção de crescimento do Ministério da Fazenda é de 3%. Essa previsão está ancorada na execução de ajustes como a aprovação da reforma trabalhista, o controle da inflação, redução da taxa básica de juros,
a implementação do teto de gastos públicos, a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), além da Lei das Estatais que contribuíram para a retomada do crescimento.
Já o BNDES conta com desembolsos que chegaram a R$ 66,8 bilhões entre abril de 2017 e março de 2018, dos quais R$ 25,9 bilhões foram destinados a projetos de infraestrutura, montante 3% superior ao liberado para o setor nos 12 meses anteriores.
O presidente do BNDES destaca ainda que o País está aberto a todos os mercados e setores para investimento estrangeiro. "A economia brasileira é cheia de oportunidades, e é por isso que o Brasil é um grande sucesso”, diz. Entre as áreas que o banco quer impulsionar estão projetos de energia, transporte, infraestrutura, saneamento e mobilidade urbana.
Com uma economia em rota de crescimento, enfatiza Dyogo Oliveira, o Brasil busca agora investidores que apostem na capacidade produtiva do País e que tragam inovação e conhecimento.
Segundo ele, o foco é atrair quem realmente tenha a intenção de alavancar a capacidade produtiva, trazer novas tecnologias e modelos de negócios que tornem a economia brasileira mais eficiente e competitiva.
Ambiente favorável aos investimentos
Segundo Dyogo de Oliveira, o País atravessa um período favorável ao investimento, com reformas que garantem uma economia sólida e estável. Além disso, o governo brasileiro vem trabalhando em processos de desburocratização para facilitar o fluxo de negócios. Lembra também que já tramitam no Congresso Nacional propostas para simplificar o sistema tributário.
“Temos hoje a menor taxa básica de juros da história (6,50%). Isso para os projetos de financiamento a longo prazo é fundamental. Você toma hoje um empréstimo a 6% ou 7% quando, no ano passado, você estava tomando a 12%. Isso reduz a quase metade o custo financeiro”, explica.
Outra aposta do BNDES é nas mudanças proporcionadas pela chamada Taxa de Longo Prazo (TLP), uma substituição à antiga Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que entrou em vigor em janeiro deste ano, após ser aprovada no Congresso Nacional, e será usada para balizar os financiamentos concedidos pelo BNDES. Esse ajuste, na avaliação do presidente do banco, dará maior previsibilidade ao setor privado, aumentando a transparência fiscal, além de fomentar o acesso ao financiamento de forma mais igualitária.