Apoio do Brasil a startups inclui segurança jurídica e incentivos fiscais

Inovação, tecnologia e empreendedorismo devem ser palavras-chave para a nova dinâmica mundial de investimentos e negócios. Convidados para o painel do segundo dia (30) do Fórum de Investimentos Brasil 2018, indicaram vias de fomento a esses mais recentes formatos de geração de riqueza e empregos, com alto valor tecnológico agregado. Os novos modelos de empreendimento conseguem contemplar as demandas e hábitos de uma nova geração que demanda mais eficiência por menor custo.

Um ambiente favorável para o crescimento de startups é aquele que apoia o desenvolvimento das redes de investidores. O investidor tradicional, quando envolvido em uma rede, consegue conhecer melhor a linguagem das startups e avança nas boas práticas da área. Para isso, é essencial o apoio à sustentabilidade financeira das próprias redes. “Existe uma série de ativos financeiros e precisamos ajudar os investidores a entender como fazer isso para que o principal beneficiário seja o empreendedor. Quando falamos em apoiar investidores, estamos falando em ajudar empreendedores a crescer”, comentou Maria Rita Spina, diretora-executiva da rede de investidores Anjos do Brasil.

Apoio federal

Políticas públicas também devem estar no centro desse objetivo. Além de projetos federais como a Start-up Brasil que investe recursos diretos no fomento desses novos empreendimentos, são importante também marcos regulatórios que favoreçam a inovação. Neste sentido, dois eixos demandam o Estado brasileiro: segurança jurídica para proteger o patrimônio dos investidores e incentivos fiscais para estimular os investimentos.

"Notadamente, nos últimos dois anos, o governo brasileiro tem sido muito atuante. Através do Ministério da Indústria e Comércio, ele criou uma porta de entrada para os empreendedores, que lá recebem orientação, apoio, não financeiro, mas logístico, para abrir o seu negócio. O governo cria condições para que esses empreendedores possam avançar um pouco mais", afirmou o ministro Gilberto Kassab, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Cristina Junqueira, co-founder da Nubank, comemorou o crescimento exponencial da base de clientes de sua startup – de 1,3 milhão de clientes em 2016 para 3 milhões no final de 2017. Além de adequar seu sistema de banco de dados a umas das mais recentes linguagens tecnológicas do mundo, espera abrir um escritório em Berlim para atrair talentos na Europa. Junqueira reconhece medidas do governo federal para impulsionar novos empreendimentos como a Nubank. 

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