Projetos atrativos com uma rentabilidade significativa, demanda crescente por infraestrutura, estabilidade e previsibilidade. Esses são alguns dos pilares dos projetos do programa Avançar Parcerias, que atualmente tem uma carteira de 101 programas abertos para o capital privado.
Os investimentos previstos chegam a R$ 144 bilhões, o que deverá aumentar a capacidade de investimento e a geração de emprego, estimulando o desenvolvimento tecnológico e industrial do País. Os projetos estão abertos à participação estrangeira, explica o secretário especial da Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Adalberto de Vasconcelos.
“Estamos falando de iniciativas na área de rodovias, terminais portuários, energia, linhas de transmissão, desestatizações, óleo e gás, concessões e exploração de minérios, aeroportos e ferrovias”, elenca. “São oportunidades relevantes para o investidor estrangeiro e a rentabilidade está bastante atrativa, dependendo do setor, ela é de 8% a 10% real”, diz.
O secretário lembra que a hora de se investir no Brasil é agora. “Já temos um planejamento consolidado de sinal de energia elétrica” afirma. “E, na área de logística, o Brasil colocou em consulta pública um plano nacional com previsão de investimentos até 2025”, conta. Lançado em maio de 2016, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) conta com 74 empreendimentos já concluídos, número que corresponde a 42% de execução do cronograma do Programa, com um investimento estimado que ultrapassa R$ 146 bilhões.
Demanda
O secretário salienta que o Brasil tem uma demanda constante, principalmente no setor de infraestrutura. Segundo ele, o investidor busca retorno a médio e longo prazo e quer uma governança para garantir que os contratos estejam bem elaborados.
“No mundo inteiro se sabe que no Brasil é inquestionável a demanda por infraestrutura”, conta. “O que significa isso? Se você fizer qualquer investimento em infraestrutura no Brasil, ferrovias, rodovias, portos, você vai terá demanda para isso”.
Para o secretário, as parcerias com investidores da iniciativa privada não são apenas um reforço para o País e sim uma necessidade para que continue crescendo. “Hoje, o Brasil investe cerca de 1,5 ou 1,7% do PIB em infraestrutura e precisaria investir 6%.”
Previsibilidade
Adalberto de Vasconcelos ressalta que, graças às reformas e maturidade das leis brasileiras, o País é hoje uma nação que oferece previsibilidade e segurança jurídica a seus investidores. “O Brasil tem uma regulação bastante consolidada” explica. “Todo investidor internacional tem que saber o que vai acontecer no País”, diz. “Se ele vê um planejamento, você tem que cumprir esse cronograma, porque isso nos dá credibilidade”, argumenta.
Brasil nos trilhos
Uma das oportunidades destacadas pelo secretário do PPI é o investimento em ferrovias. Segundo ele, esse segmento exige investimentos significativos, principalmente para o escoamento da safra de grãos do País, cuja safra de 2017-2018 está estimada em mais de 232 milhões de toneladas. “Temos três ferrovias importantíssimas: a Ferrogrão que liga Sinop no Mato Grosso à Itaituba; o edital de licitação para sair da ferrovia Norte e Sul, que é um eixo central e estruturantes de ferrovias no Brasil, ligando Palmas, no Tocantins; a Estrela do Oeste, em São Paulo e a concessão da ferrovia de integração Oeste Leste (FIOL).”
Adalberto de Vasconcelos lembra ainda que o investimento em ferrovias é mais verde e seguro. “O Brasil tem 28 mil quilômetros de ferrovias, mas apenas 14 mil são operacionais. Ele argumenta ainda que, em um País com as dimensões continentais do Brasil, é preciso fomentar o aumento de transporte de cargas nas ferrovias de “15% para 31% até 2025”. Isso, diz o secretário, criará oportunidades de investimentos em um setor com demanda sustentada e garantida.