Brasil está apto para internacionalizar cada vez mais a sua economia e tornar o país competitivo a partir de pacote de medidas reestruturantes. Dentro desse cenário avaliado pelo governo federal, as próximas ações foram mencionadas pelo presidente da República, Michel Temer, em discurso de abertura das atividades do Fórum de Investimentos Brasil 2018, realizado nesta terça-feira (29). Entre elas destaque para a expansão de concessões, modernização dos marcos regulatórios e desburocratização, um dos principais pleitos de investidores externos. Temer também citou reformas consideradas importantes no seu governo, como a da flexibilização das leis trabalhistas e os ajustes fiscais.
Depois de uma série de encontros com a cúpula da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nos últimos seis meses, Temer confirmou que o País formalizou o pedido de acesso à organização como membro pleno. Para o presidente, este é um compromisso com as melhores práticas da gestão pública e privada. Singapura, Coreia do Sul e Canadá são alguns dos países que estão no radar de acordos bilaterais econômicos com o Brasil, além de reaproximação com os Estados-membros do Mercosul e as origens do bloco econômico. “Resgatamos a vocação para o livre mercado, eliminamos barreiras do comércio, novos acordos e convergência com a Aliança do Pacífico”, afirmou. Segundo o presidente da república, o Mercado Comum do Sul e a União Europeia estão em reta final nas negociações para se firmarem como parceiros estratégicos.
Em discurso,Temer defendeu o Brasil como país atraente para investimentos do mercado internacional. “Vamos fechar o ano com mais crescimento econômico. O emprego formal tem saldo positivo. A produção de bens de capital continua a aumentar. As exportações e importações permanecem em expansão. O regime de câmbio garante ajustes rápidos. As reservas estão em patamar elevado. O Brasil é credor externo”, afirmou.
América Latina
A forte presença econômica do Brasil na região foi também ressaltada pelo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno. Para o colombiano, o País continua sendo um farol que guia as democracias locais. Ademais, o Brasil aproveita o momento em que as economias da América Latina se recuperam com mais rapidez de crises financeiras por estarem mais abertas, com melhores ajustes fiscais e dotadas de mecanismos mais capazes de amortizar o impacto social de uma crise em comparação aos períodos anteriores.
Para dar continuidade a este caminho, Moreno alertou para o diálogo neste momento de dissonâncias políticas. “Brasileiros estão ávidos de participação. Como responsáveis pela geração de riqueza e de emprego, as empresas não podem estar às margens dessas discussões. Busquem o diálogo”, aconselhou o presidente do BID aos presentes. Temer também estimulou o debate político. “Não dá mais para escamotear de temas difíceis. A população está mais informada dos desafios do País”, afirmou.